No último dia 7 de setembro a juventude soteropolitana
saiu em marcha do Campo Grande rumo a Praça Castro Alves no 19º Grito dos/das
Excluídos/das. Colocando nas ruas as reivindicações que dizem respeito não só
as demandas da juventude, mas também outras que são fundamentais para
fortalecer o projeto político que queremos para nossa nação - o Projeto
Popular.
É preciso chamar atenção, que o 19° Grito dos/as
Excluídos/as aconteceu em um momento importante da conjuntura, que conclamou a
juventude brasileira e toda a população a se manifestar, gritar e contribuir na
construção de outro projeto de sociedade. Por isso, mesmo não sendo ano
eleitoral tivemos a presença expressiva da população soteropolitana nas ruas. O
que significa que estamos realmente iniciando um novo momento de lutas no nosso
país.
Há muito tempo não aconteciam manifestações como as
desse ano e, como sempre, a juventude foi protagonista. Uma luta que
inicialmente aconteceu pela questão do transporte e da mobilidade urbana
rapidamente teve sua natureza ampliada. Passaram a ser manifestações por mais
direitos sociais (saúde, educação etc) com uma forte marca de crítica ao atual
sistema político. Essa crítica demonstra os limites da democracia
representativa para realizar o Projeto Popular para o Brasil.
Portanto, a estratégia dos excluídos passa
necessariamente pela mudança profunda da estrutura do Estado, o que vai muito
mais além que eleger governos populares de esquerda. Precisamos lutar por uma
profunda reforma política que amplie a participação popular na política de
maneira direta. Para que o povo consiga tomar o poder do estado e construir a
sociedade que deseja.
A sociedade desejada pelo povo é incompatível com a de
hoje. O atual modelo de desenvolvimento retira os direitos e ignora as reais
necessidades e sonhos do povo brasileiro e das comunidades tradicionais,
quilombolas, indígenas etc. Por isso gritamos por outro modelo de
desenvolvimento para o Brasil!
Além de não conseguir garantir um projeto de vida para
a juventude negra que vive nas periferias das grandes cidades. O estado
brasileiro e o atual modelo de segurança pública só conseguem oferecer dor e
sofrimento para as mães que perdem os seus filhos cotidianamente. Por isso
gritamos contra o extermínio da juventude negra nas nossas comunidades!
Todo esse sistema tem como um dos seus principais
pilares de sustentação a manipulação das informações. Atualmente quase todos os
meios de comunicação se concentram nas mãos de 7 grupos empresariais. Essa
situação invisibiliza os reais problemas do povo, bem como as suas lutas e
manifestações por outra sociedade. Criminaliza os movimentos sociais e aliena o
povo brasileiro. Por isso é preciso gritar pela democratização dos meios de
comunicação!
Seguiremos discutindo o Estado que temos e o Estado
que queremos e realizando ações que acumulem forças para avançar na Reforma
Política. Por isso, é fundamental que outras organizações, além daquelas que construíram
o Grito dos Excluídos/das, possam fortalecer e construir o 20º Grito dos Excluídos/das.
Os desafios serão muitos, e aqueles e aquelas que querem transformar a vida do
povo devem cada vez mais se dispor e se esforçar para fortalecer outro projeto
de sociedade. A unidade entre o movimento sindical, os movimentos populares e
as pastorais sociais será essencial para avançar na construção do Projeto Popular
para o Brasil.
Pátria Livre, Venceremos!
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