Levante é indicado para o Prêmio Nacional de Direitos Humanos

"A ação faz a organização" 

O Levante Popular da Juventude foi indicado, no dia 18 de setembro, para receber o Prêmio Nacional de Direitos Humanos, da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência de República, na categoria Direito à Memória e à Verdade.  

(fotos escracho Levante da Bahia)

A indicação foi uma ação conjunta do Dr. Fábio Konder Comparato – Professor Emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, Doutor Honoris Causa da Universidade de Coimbra e ele próprio Prêmio Nacional de Direitos Humanos em 2007; do jornalista e escritor Fernando Morais; do Dirigente Nacional do MST João Pedro Stédile; de Maria Amélia de Almeida Telles, ex-presa política, e também detentora do Prêmio Nacional de Direitos Humanos em 2008; de Paulo Henrique Amorim, jornalista e blogueiro e Perly Cipriano, ex-preso político e militante defensor dos direitos humanos.

Veja a carta convite para que outras organizações e indivíduos se somem a essa indicação:

Se é verdade que os meninos e meninas, os moços e as moças, a juventude do Levante Popular recém iniciam uma jornada pela restauração da dignidade da Pátria, é também verdade que o fazem do modo que melhor consolida a plataforma dos Direitos Humanos: marcham de braços dados com a sociedade, dialogando com ela, e abrindo as avenidas do futuro.

(fotos escracho Levante da Bahia)

Convidamos todos os movimentos, comitês e pessoas que apoiam a luta pela Verdade, Memória e Justiça a somar-se no fortalecimento da indicação do Levante Popular da Juventude para esse Prêmio Nacional de Direitos Humanos, o que pode ser feito até o dia 30 de setembro.

A indicação feita não aponta apenas para o reconhecimento da contribuição do Levante Popular da Juventude à proteção dos Direitos Humanos. Constitui, também, um reconhecimento do papel que cabe à sociedade brasileira e aos jovens, com sua criatividade e vigor, para a compleição da transição para a democracia e um incentivo a que assumam orgulhosos esse seu papel histórico.

(fotos escracho Levante da Bahia)

As indicações para o Prêmio Nacional de Direitos Humanos devem ser feitas em formulários produzidos pela SEDH. Aqueles que quiserem somar-se à iniciativa do Dr. Konder Comparato e do escritor Fernando Morais; de João Pedro Stédile e Amelinha Telles; de Paulo Henrique Amorim e de Perly Cipriano, são convidados a fazê-lo colocando seus próprios dados no formulário que eles preencheram e que vai anexo a esta mensagem. O formulário deverá ser enviado ao endereço eletrônico premio@sdh.gov.br.

Os elementos referentes à indicação podem ser modificados, mas os dados pessoais devem ser fornecidos tal como solicitado no formulário.

  Clique aqui para acessar o formulário. 

Grito dos Excluídos para o Levante foi dia de trabalho de base com a população!

No 7 de setembro, o dia em que se comemora a independência do Brasil. Mas que independência seria essa? Somos um país com vasta riqueza natural, grande biodiversidade e extensão; e ao mesmo tempo, país que serve ao agronegócio, cultivando monoculturas para a exportação. As coisas não parecem tão diferentes do colonialismo e seu modo de produção. Ainda somos uma espécie de curral, as coisas apenas mudaram de nome.  Soberania nacional e popular, esse deve ser o nosso sobrenome!

Junto ao Núcleo de Estudos em Práticas e Políticas Agrárias (NEPPA) e o núcleo Negra Zeferina da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) que o Levante Salvador saiu às ruas em defesa da Campanha contra os agrotóxicos e pela vida.

Na cidade onde mais de 80% da nossa população é de negros e negras, o Levante Salvador agitou a pauta das Cotas raciais no Grito dos Excluídos.  Em período eleitoral, no qual todos os candidatos defendem bandeiras de igualdade e justiça, é essencial evidenciarmos os projetos de nação que percorrem cada candidatura. O candidato do DEM à prefeitura de salvador, que tem a sua vice nos horários nobres da TV afirmando que defendem as cotas e a igualdade racial, foi denunciado neste 7 de setembro. Um campo político que abre uma ação de inconstitucionalidade das cotas na UNB certamente não deseja ver a Universidade pintada com a cara do povo.

“ACM diz que tem, tem, tem compromisso social; é mentira do Netinho, ele é contra a cota racial!”. Assim o Levante mostrou a sua opção de lutar por um Projeto Popular para o Brasil. Fugir da lógica eleitoreira a que a nossa cidade está submetida e politizar o debate é nosso dever; afinal, não votamos em números ou nomes e sim em concepções de nação.

Em agosto desse ano, foi realizado o I Acampamento Regional do Levante Popular da Juventude - Sul/Sudoeste da Bahia. Estiveram presentes as cidades de Vitória da Conquista, Itabuna, Guanambi, Ribeirão do Largo, Brumado, Vila do Café e Bom Jesus da Serra (as 4 últimas tendo a maioria dos jovens do MPA - Movimento dos Pequenos Agricultores). Um dos encaminhamentos do Acampamento foi a construção coletiva do 18º Grito dos Excluídos em Vitória da Conquista, com o deslocamento de toda essa juventude para Conquista - somente Itabuna decidiu que não poderia participar, pois iria dar peso na construção em sua própria cidade.

Foram realizadas oficinas e atividades pré-grito em todas as cidades, mobilizando a juventude para participar do ato unitário. Foram realizadas passadas nas escolas públicas, universidades (públicas e privadas), mobilização na Discoteca Black do Hip Hop Conquisa, articulação com os movimentos sociais, além de divulgação na mídia local. Com isso, no dia 07 de setembro, cerca de 150 jovens se reuniram no Bloco da Juventude Popular, mostrando à sociedade do Sudoeste da Bahia que a Juventude não quer somente assistir malhação, mas sim ir às ruas, lutar e reivindicar um Projeto Popular para o Brasil.

No final, em frente ao palanque das autoridades, foi feita uma mística simblizando o extermínio da juventude negra em nossa região, onde a juventude bradou que é contra esse tipo de ação, e lutará pelo fim da tortura e massacre em nosso país!

Já a galera do Levante de Itabuna voltou para a cidade determinada para a construção do Bloco do Levante Popular no Grito dos Excluídos

Se uniram ao grupo do projeto Encantarte, que trabalha com teatro, dança e percussão, norteado pela cultura afro, para compor o a percussão que abriu a ala dos excluídos da Independência do Brasil. Com latas não mão e muito ritmo, o Grito dos excluídos em Itabuna começou com a juventude mostrando seu poder de organização e protesto, passando a ideia de que lugar de jovem  não é às margens da cidadania, e sim, presente, com música e dança na implementação de projetos de vida, e não de morte, que lhe garantam condições de uma existência digna.

O Grito dos Excluídos encerrou-se com um misto entre a sensação de dever cumprido, com a sensação de que ainda é só o começo. O Projeto Popular se imprime cada vez mais nos ideais de nossos componentes e fazemos um alerta: “Te cuida Imperialista. A América Latina vai ser toda Socialista”!

No Bairro de Vila América em Vitória da Conquista deu RAP

“RAP é foda, a gente canta e playboy não entende!”

Laysa de Gouveia - Lalay

Esta foi à temática da última festa no Bairro Vila América, periferia de Vitória da Conquista, o RAP. A cultura negra no melhor estilo das ruas presenteou a cidade com este evento que aconteceu no dia 01 de setembro, iniciando o mês com chave de ouro. Ali estavam unidos os quatro elementos do hip hop, regido por grandes Dj’s.

Vitória da Conquista conta com um grupo de jovens bastante engajados nessa construção social, jovens esses que querem levar sua mensagem através do rap para muito além, com muros grafitados, dança, rima e gingado. Para tanto realizaram este evento, divulgando para toda a cidade o que há de melhor na periferia conquistense.

A partir das 22 horas já se ouvia RAP’s da melhor qualidade. Como o som do povo é o povo quem faz, a “Discoteca Black” contou com a presença dos Dj’s: Guerre-ruh e Thigaz, uma grande variedade de MC’s: Nessyta Miro, Junior, JG A., Ameba, Max, Guiodai, Supremo, Querubim, King, Chip, Izumed, Sapiens, K+1, Daniel e Jonh Yeah. E grafiteiros: Mel e Bit que fizeram sua arte durante a tarde. Já na noite fomos presenteados com paredes com os mais belos desenhos.

O som era revezado entre o que tocava os Dj’s e as composições dos diversos MC’s, como também o som do Complexxo Ragga, referência do Ragga na Bahia. Em alguns momentos da noite também foi exibida uma apresentação de Break Dance, onde B.boys e B.girls  mostraram todo seu gingado.

E a animação tomou conta de todas as pessoas que presenciaram o evento, até mesmo aqueles que nunca haviam dançado um rap, break ou ragga se sacudiram entre as diversas canções. Com extrema segurança e responsabilidade a festa se finalizou às 4 horas da manha. Há tempos Vitória da Conquista não presenciava um evento de tamanha energia. A cidade agradece a juventude do HIP HOP Conquistense.