domingo, 17 de janeiro de 2016

Carta Compromisso da Juventude Popular da Bahia - 28º Encontro Estadual do MST

Foto: Coletivo de Comunicação
Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

Durante o 28º Encontro Estadual do MST na Bahia, que reuniu 1.500 militantes do movimento no estado, a juventude, a partir da 1ª Assembleia da Juventude Popular da Bahia, foi construída a “Carta Compromisso da Juventude Popular da Bahia” que apontou a necessidade de intensificar as lutas contra os oligopólios da comunicação, as opressões de gênero e raça, as transnacionais, o avanço do imperialismo, a tentativa de golpe pela direita, entre outros. 
Em contrapartida, a juventude defendeu: a democratização dos meios de comunicação, a Reforma Agrária Popular, o fortalecimento de um governo progressista e a realização de uma transformação social. 
Pensando nisto, se comprometeram, através de diversas atividades conjuntas, a formar politicamente a juventude do campo e da cidade e construir lutas coletivas contra o capital. 


Carta Compromisso da Juventude Popular da Bahia:

No dia 10 de Janeiro de 2016, no 28° Encontro Estadual do MST na Bahia, 400 jovens de todo o estado se reuniram na “1° Assembleia da Juventude Popular da Bahia”, com a proposta de consolidar a unidade entre os movimentos da juventude do campo e da cidade, na perspectiva de tocar lutas conjuntas para a construção de um projeto popular.

O ano de 2015 veio repleto de muita luta e também de muita resistência para todo  povo brasileiro, em específico para a juventude, que conseguiu demonstrar  através de ações, a força que tem, ficando visível a necessidade de estarem cada vez mais organizados para combater o projeto de morte da burguesia para a juventude.

Nos posicionamos contra:

O oligopólio da comunicação, pois não representa e nem atende aos interesses da classe trabalhadora; opressões como o machismo, o racismo, e a LGBTfobia; contra a invasão dos territórios através das empresas de mineração, das transnacionais, do agro e o hidronegócio, que expulsa a juventude do campo; genocídio do povo negro e dos povos indígenas; os avanços do imperialismo na América Latina e os ataques que tem feitos aos governos populares e progressistas; a tentativa de golpe contra a democracia; a criminalização dos movimentos sociais; a privatização e destruição dos bens naturais; a decomposição da cultura camponesa, indígena, afrodescendente e urbana.

Defendemos:

A democratização dos meios de comunicação, construindo uma comunicação popular; uma reforma agrária popular, entendendo a agroecologia como uma ferramenta em contraposição ao modelo de produção do capital; por implementação das políticas públicas para a juventude negra; o fortalecimento dos governos progressistas, pois compreendemos que só uma ampla reforma estrutural, protagonizada pelo povo, levará transformação social.

Nos comprometemos:

A realizar atividades conjuntas como: os acampamentos da juventude popular, formar a juventude e pautar a luta pela soberania alimentar, contra os agrotóxicos e a favor da agroecologia; a construir um novo modelo de comunicação popular; a fortalecer o internacionalismo; combater todo tipo de opressão; ocupar os latifúndios improdutivos; lutar contra o ajuste fiscal e a redução de direitos da classe trabalhadora; continuar avançando nas políticas de educação pública e popular, que se adeque à realidade dos estudantes; lutar contra o extermínio da juventude; a construir um coletivo estadual da juventude popular, na Bahia.

Nos solidarizamos com:

As vitimas do crime ambiental, causado pela Vale e a Samarco, na cidade de Mariana-MG; às famílias dos jovens assassinados, pela polícia militar, nas periferias dos estados: RJ, PA, RN, PB, BA  e todo o Brasil; os povos Guarani Kaiowá, no MS, assim como a luta e resistência dos povos originários. 

Com as famílias dos 13 jovens exterminados pela PM, no bairro do Cabula, em Salvador; com as vítimas da queimada na Chapada Diamantina; lançamos toda a nossa solidariedade aos companheiros Deodito, Leandro, Reinaldo, Claudenice, João Folhinha, Welton e José Gomes, militantes do MST, que estão com um mandado de prisão em aberto, acusados de resistência a um despejo, assim como também a tod@s militantes dos movimentos de luta pela terra e moradia, que sofrem despejos violentos, mas que seguem mostrando sua resistência, debaixo da lona preta, na luta pela  reforma urbana e pela reforma agrária popular.

A juventude tem um lado, o lado da classe trabalhadora.


Movimento dos trabalhadores Rurais Sem Terra - MST
Movimento do Atingidos por Barragem - MAB
Movimento pela Soberania Popular na Mineração - MAM
Levante Popular da Juventude
Juventude do PT
Coletivo Quilombo
Coletivo de Entidades Negras – CEN
Marcha Mundial das Mulheres - MMM
Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - ABGLT
Diretório Central dos Estudantes da UFBA
Núcleo feminista Leila Gonzalez
Núcleo de Estudos e Práticas em Políticas Agrárias – Neppa
Coletivo Universitário pela Diversidade Sexual - Kiu
Movimento dos Pequenos Agricultores - MPA

Levante Popular da Juventude e Juventude do MST no 28º Encontro Estadual do MST

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