sexta-feira, 21 de agosto de 2015

20 DE AGOSTO NAS RUAS: OS RICOS QUE PAGUEM A CONTA!

Mais de 10 mil pessoas de movimentos sociais, centrais sindicais e organizações de esquerda, do campo e da cidade, ocuparam as ruas do centro da cidade de Salvador na tarde da última quinta feira (20).

(Foto: Levante Popular da Juventude)
Centrais sindicais e movimentos populares do campo e da cidade realizaram manifestações em diversas capitais do país neste 20 de agosto. Os atos tiveram como foco defender a democracia, afirmando que “a saída da crise é pela esquerda”, através de reformas profundas, como a reforma política, urbana, agrária e tributária, tendo na convocação de uma Constituinte Popular o caminho para avançar nessas reformas. Os protestos visaram também denunciar as atuais políticas de austeridade do governo federal e a “guinada conservadora” comandada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). 

A crítica contra o ajuste fiscal pediu “que os ricos paguem pela crise”, como informou o manifesto convocando os protestos, também apontando a taxação de grandes fortunas, dividendos e remessas de lucros e auditoria da dívida pública como alternativas para aliviar a economia.


(Foto: Levante Popular da Juventude)
Em Salvador, organizado pelo Fórum dos Movimentos Sociais da Bahia, o ato reuniu mais de 10 mil pessoas de diversas organizações sindicais e populares, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), a CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil), o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a UNE (União Nacional dos Estudantes), o Levante Popular da Juventude, a Marcha Mundial das Mulheres, dentre outras. A concentração ocorreu no Campo Grande, terminando da Praça Castro Alves com intervenções políticas e culturais, dentre elas, uma grande faixa pendurada no Espaço Cultural Glauber Rocha, com os dizeres "Contra o ajuste e os inimigos do povo".

(Foto: Levante Popular da Juventude)

Segundo integrante do movimento Levante Popular da Juventude, Thais Catarine, "não é o povo que deve pagar pelo ajuste fiscal". A militante ainda afirmou que é preciso defender a permanência da presidenta Dilma Rousseff, mas que esta não deve descontar no povo as consequências da crise econômica, e completou que "a crise é dos ricos, e eles que devem pagar por ela".

Para Hugo Pacotinho, também militante do Levante Popular da Juventude, nesse momento delicado da conjuntura, onde há, além de uma crise econômica, uma crise política, não é com acordo que a crise será resolvida, "não vemos nos acordos a saída para esta crise, por isso estamos nas ruas para pautar uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político, pois só assim teremos uma reforma política profunda, capaz de mudar as regras do jogo e abrir caminhos para as demais reformas necessárias", pontua.

Essa grande mobilização nacional contou com centenas de milhares de pessoas nas ruas em todo o Brasil, demonstrando que a luta é necessária para haver transformação da realidade.
Não é hora de sair das ruas, ao contrário, temos de tornar essas lutas ainda mais massivas e dialogar com mais setores da sociedade no sentido de apontar que a saída para a crise é pela esquerda, é com o povo na rua lutando para não perder os direitos adquiridos e para garantir mais direitos.
(Foto: Levante Popular da Juventude)


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