Mais de 10 mil pessoas de movimentos sociais, centrais sindicais e organizações de esquerda, do campo e da cidade, ocuparam as ruas do centro da cidade de Salvador na tarde da última quinta feira (20).
Centrais sindicais e movimentos populares do campo e da cidade realizaram manifestações em diversas capitais do país neste 20 de agosto. Os atos tiveram como foco defender a democracia, afirmando que “a saída da crise é pela esquerda”, através de reformas profundas, como a reforma política, urbana, agrária e tributária, tendo na convocação de uma Constituinte Popular o caminho para avançar nessas reformas. Os protestos visaram também denunciar as atuais políticas de austeridade do governo federal e a “guinada conservadora” comandada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
(Foto: Levante Popular da Juventude) |
A crítica contra o ajuste fiscal pediu “que os ricos paguem pela crise”, como informou o manifesto convocando os protestos, também apontando a taxação de grandes fortunas, dividendos e remessas de lucros e auditoria da dívida pública como alternativas para aliviar a economia.
(Foto: Levante Popular da Juventude) |
Em Salvador, organizado pelo Fórum dos Movimentos Sociais da Bahia, o ato reuniu mais de 10 mil pessoas de diversas organizações sindicais e populares, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), a CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil), o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a UNE (União Nacional dos Estudantes), o Levante Popular da Juventude, a Marcha Mundial das Mulheres, dentre outras. A concentração ocorreu no Campo Grande, terminando da Praça Castro Alves com intervenções políticas e culturais, dentre elas, uma grande faixa pendurada no Espaço Cultural Glauber Rocha, com os dizeres "Contra o ajuste e os inimigos do povo".
(Foto: Levante Popular da Juventude) |
Para Hugo Pacotinho, também militante do Levante Popular da Juventude, nesse momento delicado da conjuntura, onde há, além de uma crise econômica, uma crise política, não é com acordo que a crise será resolvida, "não vemos nos acordos a saída para esta crise, por isso estamos nas ruas para pautar uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político, pois só assim teremos uma reforma política profunda, capaz de mudar as regras do jogo e abrir caminhos para as demais reformas necessárias", pontua.
Essa grande mobilização nacional contou com centenas de milhares de pessoas nas ruas em todo o Brasil, demonstrando que a luta é necessária para haver transformação da realidade.
Não é hora de sair das ruas, ao contrário, temos de tornar essas lutas ainda mais massivas e dialogar com mais setores da sociedade no sentido de apontar que a saída para a crise é pela esquerda, é com o povo na rua lutando para não perder os direitos adquiridos e para garantir mais direitos.
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