Nesta quarta-feira (15),
estudantes, técnicos e professores das universidades estaduais baianas
realizaram ocupação do prédio da Secretaria de Educação do estado da Bahia,
situado no CAB, em Salvador. A ação faz parte do calendário de mobilização da
greve, que já ultrapassa 60 dias, e reivindica aumento do orçamento para as
UEBAS, além de uma série de avanços para as categorias.
O Levante Popular da Juventude de
toda a Bahia foi mobilizado para se somar à comunidade acadêmica na defesa da
educação baiana. Militantes de Vitória da Conquista, Caetité, Itabuna, Ilhéus,
Feira de Santana, Cachoeira, Cruz das Almas, Brumado e Jequié estiveram
presentes durante toda a atividade.
Reivindicações
Foto: ADUFS |
Dentre as pautas defendidas,
estão o investimento de 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para o
orçamento das universidades, rubrica específica para a assistência estudantil e
a revogação da Lei nº 7176/97, que fere a autonomia das universidades. “Estamos
aqui para defender um projeto de universidade popular, que defenda os
interesses do povo para que ele entre e permaneça na universidade”, afirma
Vanessa Quitéria, da UESB de Jequié.
Intervenção por bandejão popular
Foto: Assessoria de Imprensa - SDR |
Além da intervenção na SEC, o
Levante, juntamente com o Movimento de Pequenos Agricultores e Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem-Terra realizou um ato no evento realizado pela Secretaria
de Desenvolvimento Rural. Os movimentos entregaram ao secretário Jerônimo
Rodrigues uma pauta de reivindicação para a aquisição de alimentos provenientes da agricultura camponesa e da reforma agrária para o
abastecimento dos restaurantes universitários das universidades estaduais
baianas.
A proposta é que a aquisição seja feita através do Programação de Aquisição de Alimentos (PAA), como já acontece em diversas universidades, com as de Viçosa (UFV) e Santa Maria (UFSM). O PAA é um programa criado em 2003 que possibilita a compra direta de produtos de agricultores familiares ou de suas organizações, fortalecendo a segurança alimentar das famílias camponesas. Segundo Guilherme Ribeiro, coordenação nacional do Levante, “essa
é uma pauta que garante a qualidade dos alimentos pra toda comunidade acadêmica
e ao mesmo tempo empodera os pequenos agricultores”. Após a leitura do documento, o secretário não só se
comprometeu publicamente em dialogar com as universidades e movimentos sociais
para desenvolver um plano de trabalho, como também solicitou o agendamento de
reunião com representantes para iniciar as discussões.
O Levante segue mobilizado para garantir conquistas concretas não só para os estudantes, como também para as comunidades populares do campo e da cidade. A nossa luta é em defesa de uma educação pública, gratuita, de qualidade e que rompa os muros que a separa do nosso povo.
Bandejão popular com agricultura familiar!
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