quarta-feira, 15 de abril de 2015

Juventude em luta com os trabalhadores contra a terceirização

Milhares de pessoas foram às ruas nesta quarta-feira (15) para protestar contra o Projeto de Lei (PL) 4.330, a chamada PL das terceirizações. Os atos ocorreram em diversas cidades e foram convocados por movimentos sociais e centrais sindicais, como a CUT, a CTB, o Levante Popular da Juventude e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

Em Salvador e região metropolitana as lutas começaram cedo, com paralisação de diversas categorias como rodoviários, professores, petroleiros, metalúrgicos, além de bloqueio de estradas e piquetes.
A tarde o ato contou com a presença de cerca de 3000 trabalhadores e trabalhadoras, que caminharam do Campo Grande à Praça da Sé, com muita irreverência e música.

Mário Neto, dirigente nacional da Consulta Popular afirmou: O dia nacional de paralisação contra a PL 4330, por mais direitos e por uma Constituinte do sistema político é uma construção de ampla unidade entre organizações populares no país e na Bahia.
Se tem uma coisa boa que a direita fez foi unificar a esquerda contra o PL 4330. A terceirização no Brasil aprofunda a nossa dependência ao capital estrangeiro,  lucros vultosos às empresas, precariza as relações de trabalho,  ataca os salários dos trabalhadores, amplia os índices de acidentes e mortes no trabalho,  subordina os negros e as mulheres à escravidão neoliberal.
A nossa luta será longa para derrotarmos a burguesia e avançar num projeto popular para o Brasil. Somente as manifestações de massas poderão alterar a correlação de forças ao nosso favor.
Nesse espírito de unidade devemos realizar grande ato pela Democratização da Comunicação no dia 26 de abril, contra a rede globo e construir o 1° de maio de luta da classe trabalhadora.

Maíra Guedes, militante da Marcha Mundial das Mulheres ressalta o quanto que a terceirização atinge as mulheres negras, que já ocupam atualmente esses postos, principalmente nos serviços gerais e telemarketing, representando hoje 70% da população economicamente ativa terceirizada.



Bruno D´almeida, militante do coletivo dos/as Educadores/as do Projeto Popular afirmou em discurso:  “Este projeto de lei é nocivo à classe trabalhadora em todos os sentidos: retira direitos, diminui salários, enfraquece as campanhas salariais, precariza as relações de trabalho, aumenta os índices de acidente, além de reduzir e até eliminar os concursos públicos. Estão em jogo os salários dos 44 milhões de trabalhadores com carteira assinada e dos quase 4 milhões de servidores públicos.”

Hugo Pacotinho, da coordenação nacional do Levante Popular da Juventude, comparou as consequências da PL 4330 com o trabalho escravo, afirmou a necessidade de termos unidade entre a esquerda nessa luta e em outras, como a luta pela não aprovação da redução da maioridade penal e a luta pela Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. Destacou  a presença do povo pataxó que está em luta contra a PEC 215.

A luta segue! E a juventude estará junto aos trabalhadores e às trabalhadoras para que avancemos nas conquistas da classe trabalhadora e que nenhum direito mais lhes sejam tirados!







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