sexta-feira, 3 de abril de 2015

Levante do Vale: Intervenção na UNEB contra os cortes na educação

No dia 26 de março, o Levante Popular da Juventude do Vale do São Francisco e o corpo discente da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) se manifestaram no auditório ACM (DTCS) durante aula magna no campus de Juazeiro convocada pelo diretor do departamento. Estavam presentes nessa aula o vice governador da Bahia João Leão, o Reitor da UNEB José Bites, além de outros que compõem a administração da Universidade e do Estado da Bahia. No ato, foi lida uma carta escrita pelos estudantes da UNEB e deixada a mensagem: "Ah! EU NÃO AGUENTO, MAIS UM CORTE NO ORÇAMENTO!". 

O ato é uma resposta dos estudantes aos cortes que as universidades do Estado da Bahia vêm sofrendo desde dezembro do ano passado.

Segue abaixo a carta:

LEVANTE-SE CONTRA O CORTE ORÇAMENTÁRIO

Hoje, o Levante Popular da Juventude e o corpo discente do campus III da UNEB vêm denunciar os graves problemas orçamentários que o governo estadual impõe às Universidades Estaduais da Bahia (UEBA’s). A crise orçamentária atinge todos os segmentos da Universidade: professores, estudantes, técnico-administrativos e gestores. Há déficit no quadro de professores e servidores; faltam materiais em sala de aula: No campus III não temos papel para imprimir lista de frequência! Há anos o movimento estudantil luta por permanência: a UNEB é uma das maiores multicampi da América Latina e não possui nenhum Restaurante Universitário . As residências do Campus passam por problemas: Das 12 vagas ofertadas, apenas 2 são para mulheres. Mesmo estas sendo a maioria no campus. A Lei Orçamentária Anual (LOA) foi aprovada pela Assembléia Legislativa da Bahia com um corte de 7 milhões nos setores de custeio e investimento das UEBA’s. O cenário nacional não é diferente: O Minsitro da Fazenda, Joaquim Levy, aprovou o corte de 7 BILHÕES na Educação. Isso se reflete nas federais, estaduais e também nas particulares, com a diminuição da oferta de vagas no Prouni e aumento no FIES, o que gera mais lucro para as empresas de Educação Privada e sucateamento do Ensino Superior.

A crise na educação brasileira é um reflexo da atual crise política. A operação Lava-Jato recentemente divulgou uma lista de políticos envolvidos, entre estes, João Leão, vice-governador da Bahia, que responderá por formação de quadrilha e corrupção. Sobre a indicação, o vice disse dia 07/03 na Folha de S. Paulo que estava “cagando e andando”. A corrupção é um dos grandes empecilhos para o exercício da democracia.


O grande problema por trás da crise política e educacional é o sistema político. As grandes empreiteiras financiam as eleições e os eleitos governam para a iniciativa privada e não para o povo. Apenas uma reforma política via Constituinte conseguiremos acabar com a mercantilização da educação e também com a corrupção. Também exigimos:


• O fim dos cortes na Educação;
• Aumento de verba destinadas á educação.









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